sábado, 22 de setembro de 2012

Pulseiras de miçangas

Há algum tempo eu fiz um cursinho a distância de bijouterias, e aprendi algumas coisinhas legais, então eu comecei a invetar uns modelos legais. Deixei minha caixa guardada por um bom tempo! E revirando meu quarto achei ela e resolvi voltar a fazer mais algumas..
E Gostaria de compartilhar alguns modelos com vocês!











Bjos *-*

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Bolo tema Pica-pau

Bolo com recheio de beijinho de coco
cobertura com glacê vegetal e papel de arroz com tema do pica-pau.






Bolo com glacê real

Esse é um dos bolos que eu fiz

Estou apenas começando!!
Esse é de Coco com recheio de brigadeiro, glacê real branco e azul...
Fiquei muito satisfeita em ver o rostinho da criança que estava aniversariando na hora que viu o bolo!




quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Bolsa feita de Calça Jeans

Semana passada eu estava vendo uns blogs de artesanato e achei muito interessante umas postagens; alguns passo-a-passo para tranformar uma calça jeans velha em uma bela bolsa.
Um dos blogs em que encontrei o PAP foi nesse: Roberta Crochê e Cia http://robertacrocheecia.blogspot.com.br/2010/08/receitinha-do-domingo-bolsa-feita-com.html


Ai eu resolvi fazer uma pra mim, tinha uma calça velha que não me servia mais!
Vejam só como ficou!!







Beijinhos ... =)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Faço Trabalhos

Faço trabalhos acadêmicos e escolares, resumos, organização do trabalho de acordo com as normas da ABNT.
É só entrar em contato por um comentário ou me mande um email.
catiia.valeria@hotmail.com ou
catia.v.s@hotmail.com

Desde ja eu agradeço...
=D

A importância da leitura na educação infantil
A Origem da Leitura
A leitura, assim como a escrita passou por um processo de evolução desde sua origem, Cunha (2009) afirma que a história da leitura se inicia com muita discriminação, pois era um direito assegurado somente aos senhores, aos demais, tal prática era usurpada e essa situação se perdurou por longo tempo.
Até meados do século XIX, praticamente não existiam livros. O que serviam como manuais de leitura nas escolas eram textos autobiografados, relatos de viajantes, textos escritos manualmente como cartas, documentos de cartório, e a primeira constituição do império de 1.827, especifica sobre a instrução pública, o código criminal e a bíblia também serviam como manuais de leitura nas raras escolas que existiam (CUNHA, 2009).
O acesso à leitura, além de toda a discriminação exercida no meio social, era dificultado devido a ausência dos livros, como expresso, utilizava-se como ferramentas para a leitura documentos, que muitas vezes ainda eram escritos a mão.
Antigamente, a leitura era limitada a poucos privilegiados, hoje a mesma está disponível a todos, porém, não é utilizada e nem praticada como deveria ser.

A Leitura no Brasil
            “Já é comum dizer que o brasileiro não lê.” É o que afirma com muita propriedade Siqueira (2009).
De fato, a leitura não é um hábito comum em meio aos brasileiros a cultura deste povo não abrange tal costume, mesmo cientes de que isso contribui imensamente para o desenvolvimento crítico e social dos mesmos.
Siqueira (2009), afirma ainda que o brasileiro, com toda sua falta de costume, lê em média 1,8 livros por ano, porém, é interessante analisar que existem países que chegam a um número muito maior, cerca de 10 ou até 15 livros por ano. O Brasil lê pouco, finaliza.
Já na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil encomendada pelo Instituto Pró-Livro e executada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) e coordenada pelo observatório do livro e da leitura (OLL), conforme mostra Aguiar (2008), afirma que o brasileiro lê em média 4,7 livros por ano, enfatiza-se ainda que em algumas regiões do país, este número aumenta, é o caso do Sul, e que o público feminino é superior ao masculino no que se refere ao hábito da leitura. Conclui-se que, 55% dos brasileiros são leitores e os demais caracterizados como não leitores. Ainda assim, é notável o crescimento do número de leitores como o passar dos anos, apesar de ser a longo prazo.
As pesquisas só confirmaram o que já é previsto, pois, pela vivência do dia a dia, percebe-se a ausência do hábito da leitura no meio social. Cumpre destacar que torna-se interessante a diferença de números no que se reporta as diferentes regiões do país.

O Hábito da Leitura
            A prática da leitura não é importante só por caracterizar um ato culto junto ao meio social, mas sim, por ser um importante instrumento para o exercício da cidadania e para a participação social, é preciso conscientizar-se de que a situação da leitura no Brasil é precária. É preciso ler, e saber ler é o que afirma Martins (2008).
            Percilia (2009) alerta que “saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem, é a leitura que proporciona a capacidade de interpretação”.
         A questão é cultural, de hábito, de vivencia. É difícil tornar um adulto não leitor em leitor. Mas é muito fácil tornar uma criança em leitora. As crianças costumam adorar livros, as histórias, as ilustrações, têm sede de conhecimentos, de fantasias, de descobertas, estão em fase de formação e de adquirir os gostos e hábitos que as acompanharão por toda a vida. Porque não introduzir em todos os currículos escolares a matéria leitura? Uma matéria agradável, de baixo custo e grande rendimento, que não precisa de novos professores, nem de professores especializados. Basta instruir os professores: leiam com as crianças, todos os dias. O livro deve estar presente, ali perto, ao alcance da mão. É preciso haver em cada sala de aula uma estante com livros, e que todos os dias as crianças fiquem, por um tempo qualquer, meia hora, uma hora, lendo ou ouvindo a leitura, manuseando livros, olhando-os, criando intimidade e amizade com o livro. Todos os dias. E um livro deve ser levado para casa, diariamente, a fim de que os pais promovam também um horário de leitura, todos os dias, mesmo que por apenas meia hora. O caminho é o de trazer o livro para o cotidiano dele, integrar a rotina tanto na escola como em casa. Não basta gostar, é preciso ter o hábito. E as crianças poderão desenvolvê-lo se forem estimuladas e verem seus professores, seus pais, seus colegas lendo diariamente. Simples, aplicável, de resultado certo (MARTINS 2008).

            A falta do hábito de leitura é assustador. Essa ausência é totalmente prejudicial a qualquer pessoa na fase escolar e profissional, ou seja, essa deficiência causará sérios problemas no dia a dia, conclui-se Parisi (2009).
            Parisi (2009) acredita que diante da realidade conturbada quanto a falta de leitura, considera importante o incentivo à leitura. Só que não basta. O incentivo de pais e professores também é imprescindível.

A importância da leitura
            A leitura é um fator de grande importância em meio ao social, pois, promove o desenvolvimento cultural, gerando assim pessoas críticas e com ideias elaboradas. Ainda assim, sabe-se que esta não é tão praticada e por isso deixa a desejar. Além de todas as barreiras, a tecnologia com toda sua eficiência, prejudica bastante o hábito da leitura. Nesse sentido, Percilia (2009), relata que as tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de lado, isso resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres.
         A leitura é algo crucial para a aprendizagem de ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito rotineiro as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo (PERCILIA 2009).
            Vale ressaltar que não basta apenas ler, mas é importante analisar, interpretar, conhecer para agregar valor à atividade ou necessidade que se tem, SOUZA (2009).
            Como visto nas citações que antecedem, a leitura é e sempre será um fator de grande e fundamental importância na vida das pessoas, tendo em vista a sua exigência em tarefas simples do cotidiano. Até mesmo para pegar uma condução a leitura torna-se importante, pois é através dela que torna-se possível distinguir o trajeto do transporte.
            O conhecimento pode ser encontrado através da leitura e esta, por sua vez, possibilita formar uma sociedade consciente de seus direitos e de seus deveres; possibilita que estes tenham uma visão melhor de mundo e de si mesmos, Souza (2009).

O poder da leitura
            Todo aconselhamento que se faz no sentido de estimular o aluno ao estudo, seria consideravelmente facilitado, se este tivesse alguma identificação com o livro e o hábito de leitura.
            Longos períodos à frente da televisão, que não prima pela linguagem correta porque não está preocupada com a educação – com exceção das TVs Educativas – tornaram o jovem presa fácil de programas de poderoso envolvimento, voltados exclusivamente ao consumismo.
            O ideal seria o jovem compensar essas horas dispensadas à “deseducação vernacular” que a TV provoca, com momentos de boa leitura que, além de estimular a vida reflexiva, exercita o raciocínio, provoca a imaginação, treina a concentração (tão necessária ao estudo), além de principalmente ensina a escrever.
            Só o exercício da leitura ensina a pontuar, separar sílabas, crasear, acentuar, etc.
            Se o aluno estudar tudo isso numa gramática, sem exercitar seu conhecimento com a leitura, seria o mesmo que aprender um idioma e nunca ter a oportunidade de falá-lo.
            O livro é um antídoto contra a ignorância, a insensibilidade, a superficialidade e a preguiça!

O prazer de Ler
            Ler se constitui num hábito, como outro qualquer; algumas pessoas leem muito, outras leem pouco e outras mais, simplesmente não leem. As pessoas não devem ler somente com o objetivo de obterem conhecimento técnico, visando apenas o seu melhor preparo profissional. Essa atitude equivale ao ato de estudar, que talvez não traga tanto prazer como a leitura – por exemplo – de um romance, poesia, relato de viagem, biografias, etc.
            A leitura por prazer estimula a imaginação e a fantasia além de provocar a reflexão, e proporcionar ao leitor conhecimento das reações humanas, por intermédio de personagens e das mais diversas situações. Quem lê por prazer investe no seu desenvolvimento como pessoa humana, tornando-se mais sensível e tolerante e com condições até de melhor desenvolver sua profissão, porque na sua atividade profissional melhor se destacará quem mais compreender seu semelhante.
Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas. O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem; é a leitura, no entanto, que proporciona a capacidade de interpretação. Toda escola, particular ou pública, deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica. (PERCILIA 2009).


A Importância da Leitura na Educação Infantil
            “É fato sabido que várias gerações têm demonstrado não apenas o desinteresse pela leitura, mas também a incapacidade de fazê-la coerentemente”... Moura (2008),
            O desinteresse pela leitura é fato, mas deve-se buscar maneiras de reverte a situação. Mudar é preciso e urgente.
            “... é tarefa urgente dos pais e da escola, em todos os neveis, buscar maneiras de estimular, mais do que a capacidade de ler, o prazer pela leitura” (MOURA, 2008).
         O acesso a diferentes tipos de texto, mesmo bem antes da alfabetização, permitirá desenvolver tais capacidades, além de apresentar à criança elementos constitutivos do texto: vocabulário, estrutura, enredo, coerência interna, elenco de personagens e, além disso, o uso social da escrita, elementos esses que serão fundamentais no processo de alfabetização (MOURA, 2008).

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Trabalhos Acadêmicos Feitos


Educação Inclusiva

Direitos de todos com necessidades educacionais especiais
A negligência para com as pessoas portadoras de necessidades especiais possui uma grande trajetória histórica. A humanidade desde os tempos mais antigos não consegue lidar de forma consciente que cada ser humano difere um do outro e que cada um possui suas próprias especificidades. No passado a população ignorante encarava o nascimento de pessoas com deficiências como um castigo de Deus, os deficientes eram desprezados por todos, até mesmo por suas famílias, não recebiam qualquer tipo de atendimento. As crianças que nasciam com algum tipo de má formação eram abandonadas nas estradas para morrerem, consideradas irracionais, muitas vezes sacrificadas por causa de suas diferenças.
Na Grécia grandes homens da história, Platão e Aristóteles, trataram do planejamento das cidades gregas indicando as pessoas nascidas “diformes” para a eliminação. A crueldade era tanta que as crianças que nasciam deficientes eram jogadas de um aprisco de montanhas chamada taygetos. Pelos costumes espartanos, somente aqueles ditos “normais” tinham direito de servir o exército de Leônidas, os nascidos com deficiência eram sem piedade eliminada.
Em Roma, as crianças que se salvaram dos sacrifícios permitidos pelas leis romanas da Antiguidade, eram exploradas nas cidades por “esmoladores” ou passavam a fazer parte de circos para entretenimento dos abastados. Graças ao Cristianismo que surgiu na região da atual Palestina no século I, região esta que estava sob o domínio do Império Romano neste período, com essa nova doutrina que se voltava para a caridade e o amor entre as pessoas, começou-se o combate, dentre outras práticas, a eliminação dos filhos nascidos com deficiência. Surgiu-se a partir daí os primeiros hospitais de caridade que abrigavam indigentes e pessoas deficientes.
O maior exemplo que temos, é o do próprio fundador do Cristianismo Jesus Cristo, este homem mostrou às pessoas como amar, operou grandes milagres, fez cegos enxergarem, coxos andarem, mudos falarem, surdos ouvirem, muitas enfermidades foram sanadas. Defendeu a paz, o respeito a um único Deus e o amor entre as pessoas. Em um dos seus mandamentos ensina: “Amai ao próximo como a ti mesmo”. Sua doutrina difundiu-se aos quatros cantos do mundo.
A deficiência não limitou grandes homens da história, não restringiu suas determinações, eles fizeram e mostraram ao mundo as capacidades que lhes foram concedidas, apesar de suas limitações. Luís de Camões (1524-1580) poeta de os Luzíadas perdeu a visão de um dos olhos, em batalha nos Marrocos. John Milton (1608-1674), um dos maiores poetas ingleses era cego e com apoio de escriba e ledor, escreveu várias obras dentre elas Paraíso Perdido. Galileu Galilei, físico, matemático e astrônomo, em consequência de seu reumatismo ficou cego nos últimos anos de sua vida, mas ativo em suas pesquisas cientificas. Johannes Kepler (1571-1630) tinha deficiência visual e desenvolveu estudos sobre o movimento dos planetas.
Observando o que esses e outros gênios da história contribuíram para o mundo, suas determinações e perspectivas, notamos que, embora haja algum tipo de dificuldade, o que vale é a intenção e a busca por resultados positivos. Todos, sejam deficientes ou não, têm capacidade de realizar seus objetivos. As pessoas especiais têm na realidade um pouco mais de dificuldade por ter algumas limitações de acordo com sua deficiência, mas isso não que dizer que elas não podem ter uma vida digna, como estudar, trabalhar e constituir uma família, e sem dúvida alguma, contribuir para o sucesso como muitos que a historia nos relata.
A partir de meados do século XX, com a intensificação dos movimentos sociais de luta contra todas as formas de discriminação que impedem o exercício da cidadania das pessoas com deficiência, emerge, em nível mundial, a defesa de uma sociedade inclusiva. No decorrer desse período histórico, fortalece-se a critica às práticas de categorização e segregação de estudantes encaminhados para ambientes especiais, que conduzem, também, ao questionamento dos modelos homogeneizadores de ensino e de aprendizagem, geradores de exclusão nos espaços escolares.
Na busca de enfrentar esse desafio e construir projetos capazes de superar os processos históricos de exclusão, a Conferência Mundial de Educação para Todos, Jomtien/1990, chama a atenção dos países para os altos índices de crianças, adolescentes e jovens sem escolarização, tendo como objetivo promover as transformações nos sistemas de ensino para assegurar o acesso e a permanência de todos na escola.
Os principais referenciais que enfatizam a educação de qualidade para todos, ao constituir a agenda de discussão das políticas educacionais, reforçam a necessidade de elaboração e a implementação de ações voltadas para a universalização do acesso na escola no âmbito da educação fundamental, a oferta da educação infantil nas redes públicas de ensino, a estruturação do atendimento às demandas de alfabetização e da modalidade de educação de jovens e adultos, além da construção da gestão democrática da escola.
A indolência com que eram tratadas as pessoas com deficiência se estendeu no Brasil até a década de 50 do século passado, lembrando que o atendimento às pessoas especiais teve inicio no nosso país na época do Império, ou seja, mesmo com criações de instituições para facilitar a vida dos excepcionais vemos que durou muito tempo ainda para que o direito desses fosse realmente reconhecido. As primeiras instituições criadas no Brasil foram o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamim Constant – IBC e o Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, hoje é o Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro. No início do século XX fundou-se o Instituto Pestalozzi (1926), instituição especializada em atendimento às pessoas com deficiência mental, em 1954 criou-se a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; e em 1945 foi criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi.
A preocupação com a inclusão das pessoas com deficiência na política educacional brasileira veio ocorrer somente no final dos anos 50 e inicio da década de 60 do século XX. Os direitos das pessoas com necessidades especiais começaram a ser reconhecidos através de movimentos sociais importantes acontecidos nas duas últimas décadas. No decorres dos anos, percebeu-se a preocupação dos governos em criar uma legislação que amparasse os direitos das Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais.
No paradigma da inclusão, ao afirmar que todos se beneficiam quando as escolas promovem respostas às diferenças individuais de estudantes, são impulsionados os projetos de mudanças nas políticas públicas. A partir dos diversos movimentos que buscam repensar o espaço escolar e da identificação das diferentes formas de exclusão, geracional, territorial, étnico racial, de gênero, dentre outras, a proposta de inclusão escolar começa a ser gestada.
            Esta perspectiva conduz ao debate sobre os rumos da educação especial, tornando-se fundamental para a construção de políticas de formação, financiamento e gestão, necessárias para a transformação da estrutura educacional a fim de assegurar as condições de acesso, participação e aprendizagem de todos estudantes, concebendo a escola como um espaço que reconhece e valoriza as diferenças.
O Brasil passou por uma crise de democracia nos anos 60 e a educação encontrava-se em completa defasagem em relação ao contexto que se delineava no país, houve então uma movimentação que propiciou a formação de uma consciência nacional sobre a educação, com esse movimento o papel das instituições escolares era garantir uma escolarização regular e uma alfabetização “eficiente”, com isso deveriam buscar a modernização para atender aos novos imperativos sociais. Em 1961 fundamentou-se o atendimento educacional às pessoas com deficiência pelas disposições da Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, Lei nº 4024/61, que representou o inicio da descentralização educacional e administrativa no Brasil. Essa lei aponta os direitos das pessoas especiais à educação, preferencialmente dentro do sistema geral de ensino. Em 1973, o MEC criou o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, que tem por finalidade promover em todo território nacional, a expansão e melhoria de atendimento aos excepcionais, é o responsável pela gerência da educação especial no Brasil.
            Visando as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino e com a intenção de buscar alternativas para superá-la, a educação inclusiva assume espaço central acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. Para que todos os alunos têm suas especificidades atendidas, é necessário que haja uma mudança estrutural e cultural da escola, sendo assim, o Ministério da Educação/Secretaria de educação Especial apresenta a Política Nacional da educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que acompanha os avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando constituir políticas publicas promotoras de uma educação de qualidade para todos os alunos, seu objetivo é assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para garantir: acesso ao ensino regular até a educação superior, tendo profissionais especializados para o atendimento educacional.
O atendimento educacional especializado – AEE identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no ensino especial diferem das realizadas na sala de aula comum. Em todas as etapas e modalidades da educação básica, o atendimento educacional especializado é organizado para apoiar o desenvolvimento dos alunos constituindo oferta obrigatória dos sistemas de ensino e deve ser realizado no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou centro especializado que realize esse serviço educacional.
            De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de janeiro de 2008 o AEE se realiza numa sala multifuncional, que é um espaço equipado e organizado preferencialmente em escolas comuns das redes de ensino. Nessa sala podem ser atendidas as crianças da escola e de escolas vizinhas. O professor de AEE deve identificar e desenvolver estratégias educativas visando à superação de aprendizagem dos alunos. A criação de salas multifuncionais nas escolas públicas brasileiras é uma concretização da política de inclusão. O desafio das redes públicas de ensino é escolarizar todas as crianças no ensino comum.
            Segundo Dutra e Dutra dos Santos em “Os rumos da Educação Especial no Brasil ao paradigma da Educação Inclusiva” (2010, p.) o desenvolvimento inclusivo das escolas é compreendido como uma perspectiva ampla de reestruturação da educação, que pressupõe a articulação entre a educação especial e o ensino comum e afirmam que é a função primordial do AEE, considerando a elaboração, a disponibilização e a avaliação de estratégias pedagógicas, de serviços e recursos de acessibilidade para a promoção efetiva do direito de todos à educação.
            É fato que muitas escolas brasileiras não têm suportes para a realização da inclusão, não possuem salas multifuncionais e muito menos profissionais qualificados para realização do AEE. A realidade é que há uma minoria de alunos deficientes matriculados em instituições de ensino, e os que são inclusos nas escolas comuns das redes de ensino não recebem o AEE e de certa forma ficam “exclusos”, vão para a escola e não conseguem acompanhar a turma, não interage e consequentemente terminam o ano sem conseguirem sucesso na aprendizagem. O que existe em geral são projetos de inclusão parcial, muitas escolas atendem os alunos especiais em espaços escolares semi ou totalmente segregados que são conhecidas como classes especiais, salas de recursos, turmas de aceleração etc. outras escolas não atendem os alunos com deficiência em suas turmas regulares e a justificativa é a falta de profissional para lidar com esse público. Há também escolas que acreditam que os alunos especiais ao serem inclusos em uma turma regular, não conseguiriam acompanhar com sucesso a turma e de fato seriam mais discriminados do que nas classes e escolas especiais.
            Existem quatro tipos de escolas que oferecem Educação Especial que são as exclusivamente de Educação Especial, as de Classes Especiais, as Inclusivas com Apoio de Sala de Recursos e as Inclusivas sem Apoio de Sala de Recursos, cada uma possui suas modalidades de ensino, a primeira oferece educação escolar somente para alunos com necessidades especiais sendo uma instituição especializada, a segunda possui sala de aula destinada somente para alunos especiais e é uma escola de ensino regular, ou seja, o que difere entre as duas escolas é por que a primeira só recebe alunos especiais. As duas últimas escolas consideram inclusivas por receber alunos especiais, sendo que, uma possui sala de recursos e outra não.
            A Constituição Federal de 1988 assegura às pessoas especiais o direito à educação realizada em classes comuns e ao atendimento educacional especializado complementar ou suplementar à escolarização que deve ser realizado preferencialmente em sala de recursos na escola onde estejam matriculados, em outra escola, ou em centros de atendimento educacional especializado. Então de acordo com a Constituição Federal de 1988, a melhor escola para o atendimento às pessoas especiais são as Escolas Inclusivas com Apoio de Sala de Recursos, pois as escolas inclusivas asseguram a igualdade entre alunos diferentes, lhes garantindo o direito a diferença na igualdade de direito à educação.
            “Há dez anos, quase 90% dos matriculados frequentavam instituições ou classes especiais. Hoje, são apenas 53% nessa situação- ou seja, quase metade está em salas regulares” revista Nova Escola, outubro 2007. A luta de muitos educadores que o objetivo é agregar as crianças e jovens com necessidades especiais em escolas regulares, está de fato tendo resultados positivos de acordo com essas pesquisas, mas para haver um ensino de qualidade é importante que os professores especialistas das salas de recursos trabalhem em parceria com os professores das turmas regulares que possuem alunos especiais, pois é unido que encontrarão soluções para sanar os problemas encontrados no ensino. O professor precisa exigir da escola dos recursos necessários para realizar um bom trabalho. A escola deve estar adaptada em sua estrutura física e pedagógica para garantir boas condições de aprendizagem. É fato que muitas escolas ao receberem alunos com deficiência ou transtorno global do desenvolvimento (TGD), os professores, no entanto, se sentem sozinhos e sem apoio, por falta de recursos e formação adequada para se realizar um bom trabalho, pois ensinar crianças e jovens com NEE é um desafio visível em nossa realidade.
            Há muitos lugares que a inclusão está sendo realizada em trabalho de equipe, a interatividade entre os profissionais da educação é essencial para que ocorram resultados positivos. Se a inclusão passar a ser um projeto da escola, não há dúvida de que fará toda diferença. O trabalho em conjunto entre gestores e educadores é de suma importância, pois a responsabilidade e o compromisso são de todos. Contando com a parceria da família, a possibilidade de sucesso é ainda maior, trabalhar em equipe é sem duvida alguma a melhor forma de se chegar ao ponto desejado.
            Sabemos que há inúmeros fatores que surgem para tentar impedir a realização da inclusão nas escolas, a quantidade de alunos em uma classe que tem crianças com NEE é uma delas, infelizmente ainda não existe uma lei nacional que permita a redução de alunos em salas que tenham crianças especiais, os professores se deparam com situações difíceis, às vezes dentro de uma classe de 30 alunos, há uma porcentagem grande com dificuldades de aprendizagem, e o professor se sente sozinho, sem apoio, além de por necessidade ter que dar um suporte maior para o aluno com NEE, ele precisa também auxiliar com mais intensidade as outras crianças que não conseguem alcançar o nível de aprendizagem da turma.
            Há casos em que professores recebem em sua sala de aula um aluno surdo ou surdo-mudo, esses frequentam as aulas parcialmente, por falta de um profissional para auxiliá-los, se sentem desmotivados, não conseguem interagir com a turma e muito menos acompanhar os conteúdos, o professor regente sem saber comunicar com seu aluno, deixa-o a parte, não se preocupa com sua aprendizagem, ou embora se preocupe não busca ou não possui formas de ajudá-lo. A família muita das vezes por falta de informação sobre o direito de seus filhos especiais, não exige da escola um interprete ou quando reconhece dos direitos e vão atrás, infelizmente a escola não tem profissionais qualificados para esse trabalho.
            Muita das vezes os professores, por falta de preparo, possuem uma visão utópica em relação à inclusão, tomando assim resistentes às inovações educacionais, por medo de que essas inovações ameacem o esquema de trabalho prático que aprenderam ao longo de sua formação, os educadores adquirem uma visão funcional do ensino. Eles esperam aprender uma prática inclusiva, ou seja, garantindo-lhes a soluções dos problemas que irão enfrentar nas escolas inclusivas.
            Falando em inclusão, o que realmente significa essa palavra? Segundo o Dicionário Aurélio incluir é o mesmo que compreender, abranger, inserir. Levando isso para a prática, a inclusão é de certa forma um meio de interação social, ou seja, a partir do momento que se insere um cidadão no meio social e tenta compreendê-lo, é o caminho certo para que haja formação de ideias que contribuam para o aperfeiçoamento do caráter humano. A inclusão na educação escolar é imprescindível, pois é na escola que a criança tem seu primeiro contato com pessoas que não são da família, ela passa a conhecer um novo ambiente, descobrir coisas novas e reconhecer seu papel na cidadania. A melhor forma do ser humano se conhecer é conhecendo outras pessoas e o melhor passo para sanar as dificuldades da vida é tentar resolvê-las em parceria. Ninguém vence sozinho, o sucesso na vida é vencer em equipe.
            A constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais “promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3º inciso IV). Define, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”, como um dos princípios para o ensino e, garante como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208).
            Segundo a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9394/96 art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I-currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental em virtude de suas deficiências, a aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar aos superdotados.
            De acordo com a professora e secretária de Educação Especial do MEC Clélia Brandão Craveiro em entrevista a “INCLUSÃO REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL” (jul/dez 2010) sobre a Lei nº 9394/96, ela afirma que essa lei deve se adequar alguns pontos, preferencialmente a terminologia apresentada nessa LDB, nos artigos 58 a 60, que diz “portadores de necessidades especiais”, para Brandão essa terminologia não corresponde à atual definição do público alvo da educação especial. Outra terminologia citada é “terminalidade específica para alunos com deficiência”, que é uma expressão cujo ponto de vista confronta com as possibilidades de educação ao longo da vida, ela conclui que, a lei deve traduzir a educação especial na perspectiva da inclusão, como modalidade integrada ao processo de escolarização dos alunos.
            Em relação ao que diz Brandão da expressão “portadores de necessidades especiais” sabemos que com a intenção de amenizar a acepção negativa da terminologia citada acima para distinguir os indivíduos que apresentam limitações físicas, motoras, sensoriais, cognitivas, linguísticas e etc. Surgiu então à denominação “Necessidades Especiais”, outrora se usava outros termos para evidenciar a diversidade, como indivíduos “defeituosos”, “deficientes”, “Excepcionais”. No final da década de 80 e inicio da década de 90 o termo utilizado foi “pessoas portadoras de deficiência” agora a expressão “Necessidades Especiais” tornou-se bastante conhecida, está sendo difundida e assimilada. Um individuo para ter necessidades especiais, ele precisa de recursos e ferramentas que o outro não necessita para realizar algo, e suas necessidades podem ser temporárias ou permanentes, dependendo da situação e da circunstância das quais se originam.
            É importante ressaltar que, se as pessoas com deficiências possuem os mesmos direitos e liberdades fundamentais como as demais pessoas de acordo com as nossas leis, não há como excluí-las ou fingirmos que elas não necessitam de atenção, qualquer ato de diferenciação ou exclusão que impeça ou anule o exercício dos direitos humanos e de suas liberdades fundamentais é uma discriminação. A inclusão está ligada a todas as pessoas que não têm as mesmas oportunidades dentro da sociedade. Aquelas que de certa forma são excluídas socialmente e são vistas até mesmo como um problema a qual ninguém tenta buscar a solução.
            Os direitos das pessoas com deficiência foram conquistados arduamente nos últimos 200 anos. Depois de tão árdua conquista deve haver sim um cumprimento efetivo do que lhes é concedido por lei. Embora sabemos que existem pessoas que não conhecem os seus direitos em pleno século XXI e deixam passar sem que perceba a gravidade da exclusão em que estão sendo submetidas, quem tem um melhor conhecimento das leis, deveriam ajudar aqueles que são vítimas da injustiça social e não possuem a consciência do direito essencial à sua própria dignidade humana. O exercício dos direitos gerais e dos direitos específicos das pessoas com necessidades especiais está diretamente ligado à criação de condições que permita o seu acesso diferenciado ao bem estar econômico, social e cultural. A dignidade humana é o bem mais precioso que nós seres humanos possuímos, pois esta nos concede honra e respeitabilidade devida como cidadãos.