terça-feira, 21 de agosto de 2012


A importância da leitura na educação infantil
A Origem da Leitura
A leitura, assim como a escrita passou por um processo de evolução desde sua origem, Cunha (2009) afirma que a história da leitura se inicia com muita discriminação, pois era um direito assegurado somente aos senhores, aos demais, tal prática era usurpada e essa situação se perdurou por longo tempo.
Até meados do século XIX, praticamente não existiam livros. O que serviam como manuais de leitura nas escolas eram textos autobiografados, relatos de viajantes, textos escritos manualmente como cartas, documentos de cartório, e a primeira constituição do império de 1.827, especifica sobre a instrução pública, o código criminal e a bíblia também serviam como manuais de leitura nas raras escolas que existiam (CUNHA, 2009).
O acesso à leitura, além de toda a discriminação exercida no meio social, era dificultado devido a ausência dos livros, como expresso, utilizava-se como ferramentas para a leitura documentos, que muitas vezes ainda eram escritos a mão.
Antigamente, a leitura era limitada a poucos privilegiados, hoje a mesma está disponível a todos, porém, não é utilizada e nem praticada como deveria ser.

A Leitura no Brasil
            “Já é comum dizer que o brasileiro não lê.” É o que afirma com muita propriedade Siqueira (2009).
De fato, a leitura não é um hábito comum em meio aos brasileiros a cultura deste povo não abrange tal costume, mesmo cientes de que isso contribui imensamente para o desenvolvimento crítico e social dos mesmos.
Siqueira (2009), afirma ainda que o brasileiro, com toda sua falta de costume, lê em média 1,8 livros por ano, porém, é interessante analisar que existem países que chegam a um número muito maior, cerca de 10 ou até 15 livros por ano. O Brasil lê pouco, finaliza.
Já na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil encomendada pelo Instituto Pró-Livro e executada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) e coordenada pelo observatório do livro e da leitura (OLL), conforme mostra Aguiar (2008), afirma que o brasileiro lê em média 4,7 livros por ano, enfatiza-se ainda que em algumas regiões do país, este número aumenta, é o caso do Sul, e que o público feminino é superior ao masculino no que se refere ao hábito da leitura. Conclui-se que, 55% dos brasileiros são leitores e os demais caracterizados como não leitores. Ainda assim, é notável o crescimento do número de leitores como o passar dos anos, apesar de ser a longo prazo.
As pesquisas só confirmaram o que já é previsto, pois, pela vivência do dia a dia, percebe-se a ausência do hábito da leitura no meio social. Cumpre destacar que torna-se interessante a diferença de números no que se reporta as diferentes regiões do país.

O Hábito da Leitura
            A prática da leitura não é importante só por caracterizar um ato culto junto ao meio social, mas sim, por ser um importante instrumento para o exercício da cidadania e para a participação social, é preciso conscientizar-se de que a situação da leitura no Brasil é precária. É preciso ler, e saber ler é o que afirma Martins (2008).
            Percilia (2009) alerta que “saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem, é a leitura que proporciona a capacidade de interpretação”.
         A questão é cultural, de hábito, de vivencia. É difícil tornar um adulto não leitor em leitor. Mas é muito fácil tornar uma criança em leitora. As crianças costumam adorar livros, as histórias, as ilustrações, têm sede de conhecimentos, de fantasias, de descobertas, estão em fase de formação e de adquirir os gostos e hábitos que as acompanharão por toda a vida. Porque não introduzir em todos os currículos escolares a matéria leitura? Uma matéria agradável, de baixo custo e grande rendimento, que não precisa de novos professores, nem de professores especializados. Basta instruir os professores: leiam com as crianças, todos os dias. O livro deve estar presente, ali perto, ao alcance da mão. É preciso haver em cada sala de aula uma estante com livros, e que todos os dias as crianças fiquem, por um tempo qualquer, meia hora, uma hora, lendo ou ouvindo a leitura, manuseando livros, olhando-os, criando intimidade e amizade com o livro. Todos os dias. E um livro deve ser levado para casa, diariamente, a fim de que os pais promovam também um horário de leitura, todos os dias, mesmo que por apenas meia hora. O caminho é o de trazer o livro para o cotidiano dele, integrar a rotina tanto na escola como em casa. Não basta gostar, é preciso ter o hábito. E as crianças poderão desenvolvê-lo se forem estimuladas e verem seus professores, seus pais, seus colegas lendo diariamente. Simples, aplicável, de resultado certo (MARTINS 2008).

            A falta do hábito de leitura é assustador. Essa ausência é totalmente prejudicial a qualquer pessoa na fase escolar e profissional, ou seja, essa deficiência causará sérios problemas no dia a dia, conclui-se Parisi (2009).
            Parisi (2009) acredita que diante da realidade conturbada quanto a falta de leitura, considera importante o incentivo à leitura. Só que não basta. O incentivo de pais e professores também é imprescindível.

A importância da leitura
            A leitura é um fator de grande importância em meio ao social, pois, promove o desenvolvimento cultural, gerando assim pessoas críticas e com ideias elaboradas. Ainda assim, sabe-se que esta não é tão praticada e por isso deixa a desejar. Além de todas as barreiras, a tecnologia com toda sua eficiência, prejudica bastante o hábito da leitura. Nesse sentido, Percilia (2009), relata que as tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de lado, isso resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres.
         A leitura é algo crucial para a aprendizagem de ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito rotineiro as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo (PERCILIA 2009).
            Vale ressaltar que não basta apenas ler, mas é importante analisar, interpretar, conhecer para agregar valor à atividade ou necessidade que se tem, SOUZA (2009).
            Como visto nas citações que antecedem, a leitura é e sempre será um fator de grande e fundamental importância na vida das pessoas, tendo em vista a sua exigência em tarefas simples do cotidiano. Até mesmo para pegar uma condução a leitura torna-se importante, pois é através dela que torna-se possível distinguir o trajeto do transporte.
            O conhecimento pode ser encontrado através da leitura e esta, por sua vez, possibilita formar uma sociedade consciente de seus direitos e de seus deveres; possibilita que estes tenham uma visão melhor de mundo e de si mesmos, Souza (2009).

O poder da leitura
            Todo aconselhamento que se faz no sentido de estimular o aluno ao estudo, seria consideravelmente facilitado, se este tivesse alguma identificação com o livro e o hábito de leitura.
            Longos períodos à frente da televisão, que não prima pela linguagem correta porque não está preocupada com a educação – com exceção das TVs Educativas – tornaram o jovem presa fácil de programas de poderoso envolvimento, voltados exclusivamente ao consumismo.
            O ideal seria o jovem compensar essas horas dispensadas à “deseducação vernacular” que a TV provoca, com momentos de boa leitura que, além de estimular a vida reflexiva, exercita o raciocínio, provoca a imaginação, treina a concentração (tão necessária ao estudo), além de principalmente ensina a escrever.
            Só o exercício da leitura ensina a pontuar, separar sílabas, crasear, acentuar, etc.
            Se o aluno estudar tudo isso numa gramática, sem exercitar seu conhecimento com a leitura, seria o mesmo que aprender um idioma e nunca ter a oportunidade de falá-lo.
            O livro é um antídoto contra a ignorância, a insensibilidade, a superficialidade e a preguiça!

O prazer de Ler
            Ler se constitui num hábito, como outro qualquer; algumas pessoas leem muito, outras leem pouco e outras mais, simplesmente não leem. As pessoas não devem ler somente com o objetivo de obterem conhecimento técnico, visando apenas o seu melhor preparo profissional. Essa atitude equivale ao ato de estudar, que talvez não traga tanto prazer como a leitura – por exemplo – de um romance, poesia, relato de viagem, biografias, etc.
            A leitura por prazer estimula a imaginação e a fantasia além de provocar a reflexão, e proporcionar ao leitor conhecimento das reações humanas, por intermédio de personagens e das mais diversas situações. Quem lê por prazer investe no seu desenvolvimento como pessoa humana, tornando-se mais sensível e tolerante e com condições até de melhor desenvolver sua profissão, porque na sua atividade profissional melhor se destacará quem mais compreender seu semelhante.
Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas. O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem; é a leitura, no entanto, que proporciona a capacidade de interpretação. Toda escola, particular ou pública, deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica. (PERCILIA 2009).


A Importância da Leitura na Educação Infantil
            “É fato sabido que várias gerações têm demonstrado não apenas o desinteresse pela leitura, mas também a incapacidade de fazê-la coerentemente”... Moura (2008),
            O desinteresse pela leitura é fato, mas deve-se buscar maneiras de reverte a situação. Mudar é preciso e urgente.
            “... é tarefa urgente dos pais e da escola, em todos os neveis, buscar maneiras de estimular, mais do que a capacidade de ler, o prazer pela leitura” (MOURA, 2008).
         O acesso a diferentes tipos de texto, mesmo bem antes da alfabetização, permitirá desenvolver tais capacidades, além de apresentar à criança elementos constitutivos do texto: vocabulário, estrutura, enredo, coerência interna, elenco de personagens e, além disso, o uso social da escrita, elementos esses que serão fundamentais no processo de alfabetização (MOURA, 2008).

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