A importância da leitura na
educação infantil
A Origem da Leitura
A
leitura, assim como a escrita passou por um processo de evolução desde sua
origem, Cunha (2009) afirma que a história da leitura se inicia com muita
discriminação, pois era um direito assegurado somente aos senhores, aos demais,
tal prática era usurpada e essa situação se perdurou por longo tempo.
Até
meados do século XIX, praticamente não existiam livros. O que serviam como
manuais de leitura nas escolas eram textos autobiografados, relatos de
viajantes, textos escritos manualmente como cartas, documentos de cartório, e a
primeira constituição do império de 1.827, especifica sobre a instrução
pública, o código criminal e a bíblia também serviam como manuais de leitura
nas raras escolas que existiam (CUNHA, 2009).
O
acesso à leitura, além de toda a discriminação exercida no meio social, era
dificultado devido a ausência dos livros, como expresso, utilizava-se como
ferramentas para a leitura documentos, que muitas vezes ainda eram escritos a
mão.
Antigamente,
a leitura era limitada a poucos privilegiados, hoje a mesma está disponível a
todos, porém, não é utilizada e nem praticada como deveria ser.
A Leitura no Brasil
“Já é comum dizer que o brasileiro
não lê.” É o que afirma com muita propriedade Siqueira (2009).
De
fato, a leitura não é um hábito comum em meio aos brasileiros a cultura deste
povo não abrange tal costume, mesmo cientes de que isso contribui imensamente
para o desenvolvimento crítico e social dos mesmos.
Siqueira
(2009), afirma ainda que o brasileiro, com toda sua falta de costume, lê em
média 1,8 livros por ano, porém, é interessante analisar que existem países que
chegam a um número muito maior, cerca de 10 ou até 15 livros por ano. O Brasil
lê pouco, finaliza.
Já
na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil encomendada pelo Instituto Pró-Livro
e executada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope)
e coordenada pelo observatório do livro e da leitura (OLL), conforme mostra
Aguiar (2008), afirma que o brasileiro lê em média 4,7 livros por ano,
enfatiza-se ainda que em algumas regiões do país, este número aumenta, é o caso
do Sul, e que o público feminino é superior ao masculino no que se refere ao
hábito da leitura. Conclui-se que, 55% dos brasileiros são leitores e os demais
caracterizados como não leitores. Ainda assim, é notável o crescimento do
número de leitores como o passar dos anos, apesar de ser a longo prazo.
As
pesquisas só confirmaram o que já é previsto, pois, pela vivência do dia a dia,
percebe-se a ausência do hábito da leitura no meio social. Cumpre destacar que
torna-se interessante a diferença de números no que se reporta as diferentes
regiões do país.
O Hábito da Leitura
A prática da leitura não é
importante só por caracterizar um ato culto junto ao meio social, mas sim, por
ser um importante instrumento para o exercício da cidadania e para a
participação social, é preciso conscientizar-se de que a situação da leitura no
Brasil é precária. É preciso ler, e saber ler é o que afirma Martins (2008).
Percilia (2009) alerta que “saber
ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais,
pois comer, beber e dormir até eles sabem, é a leitura que proporciona a
capacidade de interpretação”.
A questão é cultural, de hábito, de
vivencia. É difícil tornar um adulto não leitor em leitor. Mas é muito fácil
tornar uma criança em leitora. As crianças costumam adorar livros, as
histórias, as ilustrações, têm sede de conhecimentos, de fantasias, de
descobertas, estão em fase de formação e de adquirir os gostos e hábitos que as
acompanharão por toda a vida. Porque não introduzir em todos os currículos
escolares a matéria leitura? Uma matéria agradável, de baixo custo e grande rendimento,
que não precisa de novos professores, nem de professores especializados. Basta
instruir os professores: leiam com as crianças, todos os dias. O livro deve
estar presente, ali perto, ao alcance da mão. É preciso haver em cada sala de
aula uma estante com livros, e que todos os dias as crianças fiquem, por um
tempo qualquer, meia hora, uma hora, lendo ou ouvindo a leitura, manuseando
livros, olhando-os, criando intimidade e amizade com o livro. Todos os dias. E
um livro deve ser levado para casa, diariamente, a fim de que os pais promovam
também um horário de leitura, todos os dias, mesmo que por apenas meia hora. O
caminho é o de trazer o livro para o cotidiano dele, integrar a rotina tanto na
escola como em casa. Não basta gostar, é preciso ter o hábito. E as crianças poderão
desenvolvê-lo se forem estimuladas e verem seus professores, seus pais, seus
colegas lendo diariamente. Simples, aplicável, de resultado certo (MARTINS
2008).
A falta do hábito de leitura é
assustador. Essa ausência é totalmente prejudicial a qualquer pessoa na fase
escolar e profissional, ou seja, essa deficiência causará sérios problemas no
dia a dia, conclui-se Parisi (2009).
Parisi (2009) acredita que diante da
realidade conturbada quanto a falta de leitura, considera importante o
incentivo à leitura. Só que não basta. O incentivo de pais e professores também
é imprescindível.
A importância da leitura
A leitura é um fator de grande
importância em meio ao social, pois, promove o desenvolvimento cultural,
gerando assim pessoas críticas e com ideias elaboradas. Ainda assim, sabe-se
que esta não é tão praticada e por isso deixa a desejar. Além de todas as barreiras,
a tecnologia com toda sua eficiência, prejudica bastante o hábito da leitura.
Nesse sentido, Percilia (2009), relata que as tecnologias do mundo moderno
fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de lado, isso resultou
em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários
cada vez mais pobres.
A leitura é algo crucial
para a aprendizagem de ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer
nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação.
Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso
acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito rotineiro as
pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo (PERCILIA 2009).
Vale ressaltar que não basta apenas
ler, mas é importante analisar, interpretar, conhecer para agregar valor à
atividade ou necessidade que se tem, SOUZA (2009).
Como visto nas citações que
antecedem, a leitura é e sempre será um fator de grande e fundamental importância
na vida das pessoas, tendo em vista a sua exigência em tarefas simples do
cotidiano. Até mesmo para pegar uma condução a leitura torna-se importante,
pois é através dela que torna-se possível distinguir o trajeto do transporte.
O conhecimento pode ser encontrado
através da leitura e esta, por sua vez, possibilita formar uma sociedade
consciente de seus direitos e de seus deveres; possibilita que estes tenham uma
visão melhor de mundo e de si mesmos, Souza (2009).
O poder da leitura
Todo aconselhamento que se faz no
sentido de estimular o aluno ao estudo, seria consideravelmente facilitado, se
este tivesse alguma identificação com o livro e o hábito de leitura.
Longos períodos à frente da
televisão, que não prima pela linguagem correta porque não está preocupada com
a educação – com exceção das TVs Educativas – tornaram o jovem presa fácil de
programas de poderoso envolvimento, voltados exclusivamente ao consumismo.
O ideal seria o jovem compensar
essas horas dispensadas à “deseducação vernacular” que a TV provoca, com
momentos de boa leitura que, além de estimular a vida reflexiva, exercita o
raciocínio, provoca a imaginação, treina a concentração (tão necessária ao
estudo), além de principalmente ensina a escrever.
Só o exercício da leitura ensina a
pontuar, separar sílabas, crasear, acentuar, etc.
Se o aluno estudar tudo isso numa
gramática, sem exercitar seu conhecimento com a leitura, seria o mesmo que
aprender um idioma e nunca ter a oportunidade de falá-lo.
O livro é um antídoto contra a ignorância,
a insensibilidade, a superficialidade e a preguiça!
O prazer de Ler
Ler se constitui num hábito, como
outro qualquer; algumas pessoas leem muito, outras leem pouco e outras mais,
simplesmente não leem. As pessoas não devem ler somente com o objetivo de
obterem conhecimento técnico, visando apenas o seu melhor preparo profissional.
Essa atitude equivale ao ato de estudar, que talvez não traga tanto prazer como
a leitura – por exemplo – de um romance, poesia, relato de viagem, biografias,
etc.
A leitura por prazer estimula a
imaginação e a fantasia além de provocar a reflexão, e proporcionar ao leitor
conhecimento das reações humanas, por intermédio de personagens e das mais
diversas situações. Quem lê por prazer investe no seu desenvolvimento como
pessoa humana, tornando-se mais sensível e tolerante e com condições até de
melhor desenvolver sua profissão, porque na sua atividade profissional melhor
se destacará quem mais compreender seu semelhante.
Durante
a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas. O hábito de
ler deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno
que ler é algo importante e prazeroso, assim ele será um adulto culto, dinâmico
e perspicaz. Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos
animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem; é a leitura, no
entanto, que proporciona a capacidade de interpretação. Toda escola,
particular ou pública, deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a
leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica.
(PERCILIA 2009).
A Importância da Leitura na Educação
Infantil
“É fato sabido que várias gerações
têm demonstrado não apenas o desinteresse pela leitura, mas também a
incapacidade de fazê-la coerentemente”... Moura (2008),
O desinteresse pela leitura é fato,
mas deve-se buscar maneiras de reverte a situação. Mudar é preciso e urgente.
“... é tarefa urgente dos pais e da
escola, em todos os neveis, buscar maneiras de estimular, mais do que a
capacidade de ler, o prazer pela leitura” (MOURA, 2008).
O acesso a diferentes tipos de texto,
mesmo bem antes da alfabetização, permitirá desenvolver tais capacidades, além
de apresentar à criança elementos constitutivos do texto: vocabulário, estrutura,
enredo, coerência interna, elenco de personagens e, além disso, o uso social da
escrita, elementos esses que serão fundamentais no processo de alfabetização
(MOURA, 2008).
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